quinta-feira, 18 de março de 2010

A vida em Cuba é sagrada?



Estas palavras de Arlín Rodríguez, na Mesa Redonda de 17 de março, troaram nos meu ouvidos cerca de meia hora. Faz uns dias tive acesso a trezentas fotos das autópsias dos mortos no hospital psiquiátrico de Havana e não imagino como é possivel que essa frase saia da boca de um jornalista.

Quando abri a pequena pasta chamada "Mazorra" uma série de monstruosidades saltaram na minha cara e não pude terminar de ver o cruel testemunho gráfico. Um amigo médico me visitou e enquanto analizava as imagens que eu não tinha a coragem de olhar, expressões como "Ave Maria Puríssima, Deus Bendito, o que é isso Santíssimo?" saiam de sua garganta exaltada misturadas com patologias obscuras e nomes de doenças tratáveis e curáveis.

Fígados enormes, pulmões tuberculosos e intestinos cheios de vermes são a prova, senhora Arlín, da sacralidade da vida em Cuba. Enquanto na Mesa Redonda se esperneia porque a morte de Orlando Zapata Tamayo tirou a máscara de um sistema de saúde falido, e se trata de entender a vergonha que resulta de ver militares arrastando e golpeando um grupo de mulheres vestidas de branco com flores nas mãos, eu me pergunto: Senhores jornalistas, quando irão explicar aos cubanos as razões pelas quais vinte e seis pessoas mentalmente incapacitadas morreram em condições sub-humanas durante sua reclusão em Mazorra?

Nota: Publico esta foto com a consciência completamente tranquila, se elas não constassem não haveriam provas do sofrimento a que estes seres foram submetidos. Se não fosse pelas duras fotos que denunciaram, o Holocausto Nazi, o genocídio de Pol Pot ou as torturas na prisão de Abu Ghraib tampouco haveriam existido.

Um comentário:

kavkaz disse...

La Declaración Universal de los Derechos Humanos (DUDH) es una declaración adoptada por la Asamblea General de las Naciones Unidas en su Resolución 217 A (III), de 10 de diciembre de 1948 en París, que recoge los derechos humanos considerados básicos.

Los artículos 18 a 21 recogen derechos de pensamiento, de conciencia, de religión y libertades políticas
Toda persona tiene derecho a la libertad de pensamiento, de conciencia y de religión; este derecho incluye la libertad de cambiar de religión o de Creencia, así como la libertad de manifestar su religión o su creencia, individual y colectivamente, tanto en público como en privado, por la enseñanza, la práctica, el culto y la observancia.
Todo individuo tiene derecho a la libertad de opinión y de expresión; este derecho incluye el de no ser molestado a causa de sus opiniones, el de investigar y recibir informaciones y opiniones, y el de difundirlas, sin limitación de fronteras, por cualquier medio de expresión.