sábado, 2 de maio de 2009

Um panelaço pessoal



Todas as minhas dúvidas (ou medos para ser sincera) sobre o panelaço dissiparam-se quando vi as imagens do primeiro de maio na televisão, não pude aguentar mais. Até minha mãe que é uma cética disse: mas se estamos em alerta epidemiológico! Gostaria de ver a cara do "médico" que na Mesa Redonda no dia 30 de maio disse que não havia "nenhum risco" se milhares de pessoas se aglomerassem sob um sol de 30 graus de temperatura, oxalá pudesse recordar seu nome...pergunto-me, em momentos, se poderá dormir.

Um pouco antes do panelaço chovia a cântaros, meio molhada cheguei na casa de Yoani e as 8 e meia em ponto começamos, paramos esperando ouvir eco e nada: panelaço solitário, como a batizou mais tarde entre risos e decepção. Ciro, sempre tão performático, andava pela linha do trem latinha na mão e colher, tocando uma timba estranha: ninguém lhe respondeu, mas tampouco ninguém lhe perguntou nada.

Apesar de que ainda não soem as caçarolas em Cuba, apesar do medo que a gente tem, as mentes sonham sim, e isso tem que significar algo.

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