quinta-feira, 11 de junho de 2009

A estreita rede





Faz tempo que eu havia guardado uma imagem do Google.cu (o que abre de Cuba), sem gmail ; e Google.es ( que me esforço em abrir quando me conecto, literalmente navegando contra a corrente) com gmail e com muitas outras coisas (sobretudo nos buscadores). Faz semanas tampouco temos MSN, e uma amiga advertiu-me que talvez eu tenha que sair do Facebook porque a nova declaração de direitos e responsabilidades do Facebook diz que:

4.3 Não utilizarás o Facebook se te encontras nem país sob embargo dos Estados Unidos ou que faça parte da lista SDN (Specially Designated Nationals, Nacionais especialmente designados) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Numa absurda contradição com este princípio, também do Facebook:

10. Um mundo
O serviço do Facebook deve atravessar as barreiras nacionais e geográficas e estar disponível para todo o mundo.

É lamentável que se facilite desta maneira o trabalho do governo cubano, e desgraçadamente não só do governo cubano senão também de outros governos no mundo que, igual a este, mantêm seu poder pela censura e pela falta de liberdades de seus cidadãos, que assumem aparentes conquistas sociais como bandeiras para tapar o verdadeiro caráter repressivo e corrupto de seus regimes.

Mantenho comunicação com um amigo que vive na China, nas últimas semanas suas mensagens estão cheias de frases como: “Não posso entrar porque está bloqueado”, “Tens algum Proxy que me envies?” e até um surpreendente “A conexão cai toda hora”. Decidi fazer uma entrevista com ele para compreender melhor como funciona a censura, que é uma só, nestes dois mundos tão distantes e tão parecidos num certo sentido. A entrevista será anônima, para proteger a segurança do meu amigo e será publicada no próximo post.

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