segunda-feira, 29 de junho de 2009

Zona com flanelinha



Faz pouco em "Deixa que eu te conte", meu programa preferido na televisão cubana, falaram dos flanelinhas. Rí muito com a descrição das tarifas de estacionamento, diretamente proporcionais ao tipo do carro e a nacionalidade do motorista, com certeza.

Porém o mais incrivel de tudo é o alívio que um chofer sente quando vai estacionar e percebe a distância o flanelinha, se não existe, corre alto risco. Existem estacionamentos sem flanelinhas em Cuba? A verdade é que não acredito, os espaços de estacionamento tem sido lentamente tomados por estes trabalhadores. O engraçado é que já não se possa estacionar sem eles, pois então o carro corre o risco de sofrer danos variados e severos. Nada mais normal que ver choferes com seus CD players na mão caminhando pela rua, ninguém pensa em deixar o CD player no carro.

Num outro dia roubaram o carro do meu vizinho as duas da tarde. Ele estaciona bastante longe de casa porque foi o que "conseguiu", assim é que durante o dia deixa o carro na "zona desprotegida": em frente ao edifício. Uns rapazes num Lada pararam em frente e um deles abaixou-se para forçar a porta. Nisso um dos vizinhos o viu e anotou a placa, correram e não puderam levar nada.

Acontece que a chapa era azul, o que significa que pertence a um ministério ou instituição estatal, logo na polícia soube-se que pertencia à sede da UJC. Meu vizinho fez várias tentativas com a polícia porém nada, numa dessas o investigador do caso lhe disse:

-Olha compadre, eu te aconselho que se queres resolver isto, tire um mes de férias no trabalho para que possas ocupar-te das investigações e das entrevistas.

Meu vizinho, com certeza, desistiu de pegar os culpados...no fim das contas, não lhe levaram nada.

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