quinta-feira, 22 de abril de 2010

Para os trolls*, nem um tiquinho assim**



Foto: Claudio Fuentes Madan

Há cerca de um ano dediquei umas linhas aos trolls. Por vocês, meus comentaristas, lhes dedicarei, hoje, mais algumas. Evidentemente a manifestação troll em Octavo Cerco não é um ato de liberdade de expressão, visto que intimidar, insultar ou ameçar, escrever em persa num blog hispânico e repetir a mesma sandice cem vezes, não denota liberdade, mas sim violência verbal ou sabotagem virtual.

Por todas estas coisas à qual estamos condenados, meus leitores e eu, sinto-me no dever de explicar as razões pelas quais não modero comentários, ou melhor, as razões pelas quais elimino trolls, o que não é o mesmo. Peço-lhes compreensão, sei que a solidariedade é uma força que nos une mais.

-Não tenho um acesso a Internet que me permita moderar os comentários sistemáticamente, é um processo lento e requer muita conectividade, tempo e dinheiro.
-Não quero pedir à ninguém que modere o blog, considero minha responsabilidade.
-Nestes últimos meses vivenciei vários "comícios de repúdio". Dependendo do grau de exaltação da horda primitiva, que representa o governo cubano tenha, saio mais ou menos influenciada: essa é a realidade da minha vida, esse é o dia a dia dos que pensam diferente.
Os trolls existem no meu blog da mesma maneira que na minha realidade existem umas coisas que se chamam "brigadas de resposta rápida". Talvez não seja evidente para qualquer internauta, porém para mim eles são o modo que o governo encontrou para conter as vozes cansadas da revolução mais longa do mundo: insultar, ameaçar e reprimir.

Organizei minhas explicações segundo o grau de importância: talvez se eu pudesse ficar mais tempo na rede das redes, a terceira razão nem sequer existiria. Contudo, para cada dificuldade que se apresenta para que eu continue escrevendo, uma nova ideia surge no meu cérebro e encontra a parte objetiva, para chamá-lo de alguma forma. Sei que estou pedindo que vivam todos os dias um comício de repúdio, sei que é demasiado.

Desculpo-me e lhes peço que tenham com eles a tolerância que nem eles, nem o governo que representam, terão jamais com nenhum de nós.

Post relacionado: Da conectividade aos comentários.

Notas do tradutor:

*troll: Um troll, na gíria da internet, designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. O termo surgiu na Usenet, derivado da expressão trolling for suckers (lançando a isca para os trouxas), identificado e atribuído ao(s) causador(es) das sistemáticas flamewars.

**A frase original de Claudia é "nem um tiquinho assim" que foi usada por Che Guevara com relação aos Estados Unidos: ao imperialismo...não dar nem um tiquinho assim, nem uma simples concessão.

Um comentário:

Jambalaia disse...

Faz tempo que eu enfrento os trolls. muitos deles são pessoas com certo nível de instrução, pois se percebe pelo textos que escrevem.

Já fui uma espécie de administrador de um site e de fato, é muito desgastante. Alguns usuários até dão forte apóio aos trolls.

A gente se esforça muito em tentar manter a ordem e integridade, porém a realidade na internet é outra.

A gente geralmente se sente muito sozinho e inevitavelmente vem a decepção, pois você deixou de fazer muitas coisas de caráter pessoal e favor de um site ou de um blog.

No seu caso, até que você pouco age na internet, pelos meus padrões de acesso e vejo que recebe muitas agressões.

Neste caso, as agressões são ordens que partiram da ditadura cubana.

Posso apenas dizer, que para nós brasileiros, Cuba parece ser a ilha da fantasia, de tão absurdo que as coisas ai acontecem

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Tradução do português para o espanhol (Google tradutor)

Mucho tiempo me enfrento a los trolls. muchos de ellos son personas con algún nivel de instrucción, ya que podemos ver los textos que escriben.

Yo ya era una especie de administrador de un sitio y de hecho, es muy estresante. Algunos usuarios incluso dan un fuerte apoyo a los trolls.

Nos trabaja duro para tratar de mantener el orden y la integridad, pero la realidad a través de Internet es otra.

A menudo nos sentimos muy solos e inevitablemente viene la decepción, porque no cumplió con muchas cosas de carácter personal y el beneficio de un sitio o un blog.

En su caso, hasta que sólo actúan en Internet, según mis criterios de acceso y ver lo que consigue muchos asaltos.

En este caso, los ataques son órdenes que han salido de la dictadura cubana.

Sólo puedo decir que para nosotros los brasileños, Cuba parece ser la isla de la fantasía, tan absurdo que las cosas suceden allí.