segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Compartilhados em bluetooth


Foto: Leandro Feales, tirado da série Objetos e Retratos.

A tecnologia está se convertendo no inconformismo mais perigoso dentro da ilha: computadores, memórias flash e cartões SIM são os novos heróis nas listas negras da segurança do estado. Tirar uma câmera fotográfica num lugar conflitivo está se tornando mais difícil do que gritar Abaixo Fidel num ônibus. Para o estado a Internet não é um meio de comunicação a serviço dos cidadãos, é uma arma para "a contrarrevolução". Chegamos a um ponto em que o progresso converteu-se num risco para o status quo.

O bom é que o progresso é inerente a sociedade. Como disse uma amiga: "isto já não há quem pare". Os toques de celulares que são passados por bluetooth não são eliminados: o comandante gritando "Pegue o telefone, droga!", a música da série Dia e Noite, o Hino Nacional, o estribilho de uma canção de reggaetón "Se vai se formar que se forme", gravações dos "tronques" dos policiais. Enfim, o humor e a falta de respeito são uma arma para combater o medo; e a tecnologia, a capacidade de rir sem olhar para os lados.

Aqui exibo alguns dos toques mais populares:







Este é personalizado, El Ciro fez para mim:

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