sábado, 31 de outubro de 2009

O Ministério e eu





É a terceira vez que uma instituição ou ministério me nega a entrada à um lugar de livre acesso. Parece que alguns blogueiros independentes temos sido excluídos "extraoficialmente" dos eventos culturais cubanos. Digo "extraoficialmente" porque ainda não me mostraram um documento oficial com meu nome completo e meu número da carteira de identidade que diga: Esta insittuição nega a admissão de Fulanito de Tal, Siclano e Esperanzejo, segundo a legislação tal da lei tal e direito tal que este centro tem. Não tem minha foto e os seguranças não conhecem meu nome, não há uma lista que decrete que eu sou persona non grata.

Eu exijo do Ministério da Cultura que emita a dita lista, que esclareçam as razões pelas quais não posso assistir a concertos e participar de debates, que mostrem a cara e deixem de ampararem-se no vago conceito: A Instituição se reserva o direto de admissão. Eu quero que Abel Prieto articule legalmente esta exclusão para assim eu poder, legalmente também, acionar o Ministério da Cultura por discriminação cultural e ideológica. Eu quero que os funcionários acabem por mostrar a cara sem nome e assumam que a política cultural cubana é excludente e discriminatória, coloquem as cartas na mesa e os pingos nos i, deixem de usar a burocracia como escudo e os seguranças como infantaria. Eu quero também que alguém me explique de que humana maneira uma instituição pública - do povo - se pode reservar o direito de admissão e quais são as condições que regem tal direito.

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