segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Vámonos pa’G / Vamos para a G
Ontem, sexta-feira a noite fomos com uns amigos para a G acompanhar um jornalista canadense, estava fazendo umas entrevistas para uma revista de punk rock e queria perguntar aos frikys sobre Porno Para Ricardo. O homem me pediu que o ajudasse a selecionar os entrevistados e para servir-lhe de tradutora durante as entrevistas. Eu estava um pouco pessimista, as vezes tenho menos fé do que deveria, assim é que fui com ele convencida de que ninguem falaria bem de Porno Para Ricardo, de que teriam medo ou de que não diriam seus nomes, equivoquei-me nas três variantes de maneira absoluta.
Todos os entrevistados disseram que PPR era a melhor banda de punk rock que havia em Cuba nestes momentos, que suas canções eram muito boas e com excelentes letras. Para mal estar de Alpídio Alonso, o primeiro no top ten das entrevistas foi: "Comunista Chivatón", seguido por "Comunistas de la Gran Escena"e por "Nueve Cuentos" (este último cantado em ingles por um fan da Faculdade de Línguas Estrangeiras ao microfone). Todos os entrevistados coincidiram em que: o grupo está censurado por dizer a verdade, o governo os teme e reprime, e não há liberdade de expressão em Cuba. Todos disseram seus nomes completos e um disse "não há medo". Sem embargo, sobre o destino do grupo houve várias respostas:
1. Gorki está preso ainda
.2. Gorki não está preso porque o pai de Ciro, desde os Estados Unidos, mobilizou a Comunidade de Direitos Humanos.
Com estas respostas me senti um pouco culpada e decidi retomar a apresentação multimidia "O caso Gorki" junto a Yoani Sánchez, para apresenta-lo não em uma exposição como inicialmente era a ideia, senão para dividi-lo em flsh e CDs, como fazemos com toda a info, e que os frikys possam, ao menos, saber como foi que tiramos Gorki do cárcere.
Por outro lado hoje de manhã recibi um desses correos de por sorte me mandam os amigos, com uma nota de alguem chamado Ricardo Espinosa que se pode ler em Habanemia, o texto ataca predominantemente os roqueiros por fazer escândalo e sujar a "Rua G (ou avenida dos presidentes)" como se chama o artigo.
Eu gostaria primeiro que tudo recordar Ricardo que a rua G se chamava Avenida dos Presidentes quando em Cuba haviam presidentes, assim é que o esclarecimento entre parênteses pode ser interpretado como uma ironia política. Porém não creio que haja sido a intenção do autor, pelo que o aconselho a reeditar sua nota, a não ser que tenha problemas coma polícia política.O resto da nota me parece bastante coerente, é certo que a rua está "tomada" e que há tremendo escândalo. Sem embargo parece-me um pouco exagerado do Espinosa o pensar que "um grupo destes jovens, com o evidente propósito de importunar, estiveram batendo tambores e bumbos desde as 10 da noite até as 5am".
Queria ademais aproveitar sua nota para juntar um pequeno parágrafo, eu gostaria de reclamar por escândalo público ao governo cubano por causa do "protestródromo", e que seus vizinhos tem que suportar dias e dias tumultos de pessoas que assistem a marchas, intermináveis discursos a toda a voz, o tráfego de suas ruas impedido, concertos de todo tipo de música, desfiles de qualquer índole e para o cúmulo dos males, quando chegam à suas janelas, um mar azul é tapado por não sei quantas bandeiras negras, o que lhe valeu um outro apelido à lamentavel "Tribuna Antiimperialista", esta vez literário: Mordor, enquanto qua a Praça da Revolução e o Comite Central se fazem chamar "O Olho de Saurón".
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