Eu já disse uma vez num post que sou positiva: assino o que for. Tenho muitos amigos que ao contrário optaram por: não assino nada. Por mim tudo bem os dois modos e acredito que essa é a verdadeira história da democracia: cada qual tem o absoluto e inalienável direito de fazer o que crê que é o correto, ainda que difira da maioria.
Eu bati panela, ainda que não gostasse da idéia; eu me solidarizo com todos os que estão em greve de fome, ainda que, na verdade, só faça dieta para baixar o peso o que me dá muito trabalho; fiz minha colagem para o primeiro de junho, e embora tenham pedido pouca criatividade, não pude evitar tirar do meu arquivo algumas imagens e coloca-las no Photoshop.
Com meus poucos conhecimentos de política, recordo que uma vez estive tratando de averiguar quantos partidos de oposição haviam em Cuba. Meu objetivo era filiar-me a todos. Porém em política as coisas são de outro modo e não o consegui, tal indisciplina cidadã não se pode ter num partido, que é uma coisa mais séria. É uma das razões porque tenho um blog, para poder ser parte de Tudo que exista para exigir Mudança ao governo de Cuba (pacificamente, claro).
Porém apesar de minha participação ou minha solidariedade, isso não quer dizer que não tenha uma opinião a respeito. Se me houvessem perguntado haveria dito que uma semana é insuficiente para que todos os blogueiros da Ilha se inteirem, decidam e possam planificar e buscar a maneira ( este ponto é fundamental ) de conseguirem se conectar no dia da manifestação. Para isso se necessita tempo. Outra coisa é que a blogosfera em Cuba tem outra dinâmica, há muita gente que lê a informação em "outro tempo", o tempo da Internet ainda não chegou ao litoral deste país. Talvez além dos blogueiros, há que se ter em conta todas essas pessoas que não tem Intenet e que se informam, porém, no momento inoportuno, há que se esperar as vezes um pouco mais para que em Cuba a gente esteja na expectativa, para que saibam que tal dia haverá uma manifestação, tempo para que as memórias flash e os discos corram pelas ruas, para que nossa rede "de mão em mão", lenta porém inevitavelmente segura, possa também cumprir seu objetivo.
Considero ademais que as manifestações isoladas são menos efetivas, faz tempo o disse num de nossos encontros blogueiros. Se me houvessem perguntado, eu haveria pedido que fizessemos a mesma manifestação a cada dois meses, ou todos os meses, minha opinião é que a repetição faz a força e soma as vozes: há que se bater na panela todos os meses, há que se enviar a carta todas as semanas, há que se estar "berrando" até que se consigam os objetivos, se não, parece-me que se perde o sentido.
E por último, se me houvessem perguntado, minhas demandas teriam sido:
-Renúncia do Presidente do Conselho de Estado, dos Ministros e do plenário da Assembléia Nacional.
-Constituição de um Estado de Direito e preparação de Eleições Livres, com todos os partidos participando.
-Limpeza dos Serviços Secretos, Cargos Públicos e Quadros do Governo pertencentes ao Partido Comunista.
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