segunda-feira, 21 de junho de 2010
Dia dos pais
A primeira vez em que escutei falar das Damas de Branco foi num Dia dos Pais. El Ciro e Claudio Blanco faziam um documentário sobre a oposição cubana, como contrapartida a tres dias de telenovela de ficção a propósito da dissidência que estavam passando na Mesa Redonda.
Nunca vou esquecer o contraste entre as entrevistas do documentário e as imagens manipuladas da televisão cubana. Um amigo meu sempre disse que só uma das partes fala, eu lhe respondo: justamente, vivo num país insensato. Apesar de saber que a imprensa oficial mente, quando confirmei meu instinto pela primeira vez, a delícia foi inefavel: tive a prova.
No sábado, um dia antes do Dia dos Pais, fui saudar as Damas, é a elas à quem devo minha felicitação mais intensa. Durante as vinte e quatro horas de festejos elas serão as vozes dos pais que não poderão brincar com seus filhos, e seus vestidos brancos recordarão que atrás das grades do paraíso socialista há homens justos. Pablo Pacheco não poderá brincar com seu filho Jimmy. Contudo, não estará só: numa igreja da capital um grupo de mulheres rezará para que no ano que vem possam estar juntos.
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Um comentário:
oi, estou aqui no brasil e acompanho diariamentem o seu blog, o de yaoni e pablo pácheco...
torço pelo restablecimento da democracia em cuba.
resitencia sempre
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