quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Estamos em alerta vermelho?



Foto de cartaz: OLPL


Volto aos cartazes, não posso evitá-lo: este encontra-se preso nas vidraças do restaurante "El Polinesio", na parte debaixo do hotel "Habana Libre". Acredito que deixa claro os objetivos que o governo cubano tem para nós. É uma das coisas mais extremistas que já lí em cartazes públicos e creio que sinaliza um novo significado na chamada "batalha de ideias". O tom militarista e alarmante de seus enunciados me fazem perguntar se estamos em guerra e contra quem; de onde sai essa filosofia que me diz que eu como cidadã tenho que destruir, matar, aniquilar, sacrificar, morrer, mandar, dirigir e obedecer. Lembra-me os documentários que vi nos anos 60, quando o povo gritava paredón e os cubanos eram arrastados por outros cubanos como escória.

Talvez seja um pouco doloroso para todos aqueles que ainda esperam mudanças, ver que estas são as novas reformas que estão planejando; e que apesar de seu comprovado fracasso, este segue sendo o "homem novo" da Revolução Cubana.

Transcrevo aqui todo o texto do cartaz, para não correr o risco de que não se visualize bem a foto:

-As palavras rendição e derrota estão completamente apagadas de nossa terminologia revolucionária.
-Nenhum revolucionário deve pensar em render-se ante o inimigo e continuará lutando até a morte, se for necessário.
-Cada revolucionário deve pensar particularmente quando ficar isolado: A Revolução sou eu!, e continuar a luta sem esperar orientações de outros.
-Haver-se á que defender cada palmo de nosso solo pátrio.
-Causar a maior quantidade de baixas possíveis ao inimigo em forças vivas é nosso principal objetivo.
-Manter o espírito combativo, por gigantescos e dolorosos que sejam os sacrifícios para obter a vitória.
-A vitória definitiva será nossa, por difíceis que sejam as circunstâncias em que se desenrole a luta.
-Em cada chefe político e militar, de qualquer nível, em cada soldado, em cada homem do povo, há um Comandante em Chefe potencial que sabe o deve fazer, e em determinada situação cada um pode chegar a ser seu próprio Comandante em Chefe.
-Enquanto reste um combatente será como um poderoso exército que nenhuma causa terá como perdida.
-Criar a convicção de que este povo não será governado jamais por nenhuma potência estrangeira nem pela contra-revolução.




Grafite de 23 e 12 (ruas), atrás do monumento da declaração socialista da revolução.

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