Foto do Consulado cubano em Barcelona, tirada de Penúltimos Dias
Lí o post "Das idéias e meios de difusão em Cuba" publicado por Karel Pérez Alejo em Bloggers Cuba, e me aventuro a dar minha modesta e um pouco radical ( se é que posso colocar o advérbio em semelhante adjetivo ) opinião sobre o tema: tabu?: A Censura.
Soluções não gosto de dar porque acredito que isto é para que servem os políticos, os sociólogos e os especialistas, porém os do território nacional não parecem assumirem-se como versados, como bem se argumenta no post; pois eu ponho aqui o que creio que seriam soluções, que sendo boas, más ou regulares, não estão censuradas.
Visto e comprovado que os jornalistas e os órgãos oficiais de imprensa se cagam e se mijam diariamente na notícia, como disse Porno Para Ricardo em seu tema Los Periodistas, considero que a criação de uma imprensa independente é urgente, independente do estado e cujos jornalistas tenham direito a livre reunião e associação, é dizer, que possam ter seu sindicato independente, reunir-se e organizar seus desejos e, com certeza, que possam fazer tiragens de seus jornais para cobrir a demanda nacional. Desta maneira, os jornalistas não se veriam forçados a enfeitar suas notícias e estariam protegidos por um sindicato que defenderia seus direitos. A propósito, tambem poderiam ter um canal de televisão independente, que funcionasse ao par do ICAIC e do ICRT. Em 1979 um poeta polones foi premiado com o Nobel, em seu país só havia publicado um editorial clandestino: Nova; já no ano de 1981 o jornal Solidariedade circulava livremente na Polonia e na Sérvia tinham televisão independente.
Se os artistas já não se sentem representados pelas instituições (UNEAC, ICAIC, ICRT, Conselho Nacional das Artes Plásticas ou o que seja) então poderiam tambem reunir-se por sua conta e ter suas próprias organizações, se tão cansados estamos todos de ser censurados uma e outra vez pelos mesmos órgãos de poder: não seria mais inteligente que prescindíssemos deles e criássemos os nossos? Se a Gazeta de Cuba não publica notícias que para artistas e escritores são importantes, ao invés de estar discutindo com eles a causa desta omissão, se poderia publicar a notícia em outra revista, de corte literário igual, independente da Gazeta e do Instituto do Livro e de qualquer tipo de ligação governamental, para que os artistas se sintam completamente livres em sua obra e na difusão da mesma.
Como estes direitos haverão de ser iguais para todo o povo cubano, teriam direito a organizar-se livremente as pessoas que dissentem do sistema político atual e seriam reconhecidos diferentes partidos políticos. Estes políticos teriam, claro, direito a fazer suas campanhas e promover suas idéias. A imprens poderia, igualmente, dar cobertura em suas atividades porém tambem denunciar os abusos, as ilegalidades e as mentiras que forem descobertas nos diferentes níveis da sociedade, incluído o governamental, claro.
No meu pequeno mundo rodeado de água, o socialismo é vivido sem liberdade de imprensa nem de expressão, não se respeitam os direitos elementares dos cidadãos e a corrupção do governo e de suas instituições está no batendo no teto, não há eleições, não há direito de dissentir nem de criticar, há muita pobreza, muitos males sociais e muita desmoralização. Portanto e ademais: não gosto do socialismo.
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