segunda-feira, 25 de maio de 2009
E agora?
Foto: Claudio Fuentes Madan
Parei na 23 e 10 (ruas) para pegar o P4 as 7 da manhã, cheguei no meu destino (Playa) as 9 e 45. Cuidei de subir em três ônibus porém não pude, o resto do tempo passei tentando pegar um táxi de 10 pesos, porém não havia. Um pouco estranho o que acontece, perguntei-me enquanto perdia a vista na desértica 23, habitualmente abarrotada de "boteros" (táxis privados).
As 4 da tarde já estava bem informada, não se fala de outra coisa em Havana: há uma operação policial, estão confiscando carros e os choferes estão, como é lógico, aterrorizados, ninguem quer "botear". Tenho vários comentários sobre o assunto:
-No terminal de ônibus fizeram uma operação especial, com confisco de carros "in sito". Apesar das numerosas chamadas que os choferes fizeram aos seus contatos na PNR não se pôde fazer nada.
-Até a pouco estiveram dando licenças, porém já não.
-Uma licença é única e intransferivel e representa o carro e o dono; isto quer dizer que só o dono do carro pode botear, nada de amiguinho, nem o cunhado, nem absolutamente ninguém no universo.
As consequências? Sempre as mesmas, todo o pessoal que andava de carro agora anda de ônibus. Se antes podias gastar uma hora para pegar agora podes gastar três, em 24 horas voltamos à Idade de Ouro do transporte Post-revolução.
Por que o governo tomas estas medidas? É que além do contrôle e da repressão não posso deixar de pensar que tinham que estar ganhando algo mais, porém o que? Porquê não dão licenças um pouco mais flexíveis e aumentam o número de carros cobrando impostos? Agora há um caos de gente amontoada nas paradas, chegar ao trabalho é uma penúria: a gente chega tarde ou não chega, o transporte estatal nem em sonhos pode cobrir a demanda e ninguém está ganhando nada: nem a gente, nem os taxistas e nem o estado.
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